quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A primeira vez de Zico nas páginas d'O Globo

Ainda viajando nos arquivos digitalizados dos 88 anos de história d'O Globo, resolvi procurar a primeira menção que o jornal fez ao maior craque da história do Flamengo.

Encontrei!

No dia 4 de maio de 1970, ao final de um pequeno texto na página 8-B sobre um jogo do time juvenil da época, o jornal publicou:

"Na preliminar, pelo Campeonato Carioca de Escolinhas, o Flamengo goleou o Campo Grande por 8x0. Zico, irmão de Edu, do América, marcou 5 'goals' e é o artilheiro absoluto do certame com 15 tentos".

Pois é, essa foi a primeira citação que O Globo fez ao nome Zico. Daí pra frente, a história pode contar o resto...

SRN

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Sucesso do Quarteto Dos "Beatles"

Ao lado de dois pequenos anúncios para tratamento de psoríase e hemorróidas, a legenda da foto da agência de notícias UPI relata o tumulto que "os quatro rapazes de Merseyside" (isso mesmo, nada de Liverpool) causaram ao desembarcar no aeroporto de Londres após uma excursão a Estocolmo. O texto fala ainda do rastro de histeria que uma "verdadeira multidão de jovens" deixou na perseguição aos rapazes em emissoras de TV da capital inglesa, dias após o retorno da viagem à Suécia.

A data era 11 de novembro de 1963. Pela primeira vez, o jornal carioca O Globo fazia referência ao grupo formado por "Paul Macartney, Ringo Stars, John Lennon e George Harrison", segundo a grafia impressa na página 26 da edição desse dia. Daí pra frente é história.

A página e a edição histórica que pela primeira vez fala da maior banda de todos os tempos está disponível desde o último final de semana no site do jornal, que pôs na internet todo o seu acervo de quase um século de imprensa. Para quem gosta de viajar no tempo passado em busca de registros de grandes momentos, ou de momentos particularmente interessantes, o acervo digitalizado de O Globo é um banquete irresistível, capaz de puxar a pessoa horas a fio para a frente do computador.

Fica a dica.
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A graça do jornalismo

Durante o programa CBN Rio de hoje, uma repórter noticiava o assassinato de um jovem por marginais que tentaram roubar, pela manhã, o carro que ele dirigia na cidade de Nova Iguaçu.
 
A repórter, lendo um breve texto, informou que um dos assaltantes havia deixado a carteira de documentos cair durante a ação criminosa, e que isso possivelmente facilitaria o trabalho da Polícia nas investigações.
 
Após o relato da repórter, o âncora do programa, Octávio Guedes, fez questão de confirmar com ela se o ladrão havia mesmo deixado a carteira de identidade cair no assalto, para logo depois soltar uma sonora gargalhada e dizer algo do tipo: "esse aí merece ser preso duas vezes, uma por ser criminoso e outra por ser burro! Hahahahahaha!!!". A outra apresentadora do programa, Lílian Ribeiro, gargalhava junto com Octávio.
 
Aí vieram os comerciais, e as vidas do Octávio, da Lílian e a minha seguiram em frente. Mas aquele momento sublime e sincero de intensa alegria não saiu da minha cabeça durante o dia.
 
Talvez porque as gargalhadas efusivas dos apresentadores do CBN Rio durante o programa, levando para a galhofa escancarada a história de quem morreu "atrapalhando o trânsito", traduzam a mais perfeita e fiel trilha sonora para a falência de princípios e de valores que atingiu em cheio essa minha profissão.
 
Vergonha é pouco para o que eu senti naquele momento por ser jornalista.