quarta-feira, 20 de julho de 2016

Só o começo




Diego, Donatti, Damião. Três contratações de impacto somente nos últimos 15 dias.

Guerrero, Mancuello, Juan, Ederson, Rever, Cuéllar, Arão, Sheik, Muralha. Várias contratações igualmente impactantes nos últimos 12 meses.

Todos eles jogadores que seriam titulares em praticamente todos os clubes do Brasil.

Na prática, um conjunto de contratações que dá ao Flamengo, depois de muitos anos, um elenco de candidato real ao título de campeão brasileiro.

Não se trata apenas de um time, de contratações pontuais de um ou de outro craque. Vimos isso de tempos em tempos, e quase sempre o objetivo de voltar a dominar o Brasil se frustrava. Agora há um elenco, e mais que isso.

Lá atrás tivemos Sávio, Romário e Edmundo, três ícones que, juntos, se eternizaram na piada do "pior ataque no mundo". Tivemos Alex, Denílson, Edilson, Gamarra, Vampeta e Petkovic, em um grandioso projeto que ficou apenas nos Estaduais (inesquecíveis, lindos, mas estaduais) e na finada Copa dos Campeões. Tivemos Ronaldinho Gaúcho e Thiago Silva, ambos pilotando um bonde que também nos deu apenas o domínio regional, além de um jogo eterno na Vila.

Por outro lado, graças das Deus, tivemos Adriano, Bruno, o velho Pet e a cabeçada do Angelim, naquele campeonato milagrosamente maluco de 2009.

Todos craques, cracaços, mas que vieram em rascunhos de projetos políticos isolados, que deram ao clube retorno esportivo aquém do que pretendiam e resultados administrativos terríveis. Sabemos todos que o Clube sangra no bolso até hoje.

Agora temos a oportunidade de ver outros craques especiais, novatos em se tratando de Flamengo e que ainda causa certa estranheza em parte da torcida, mas fundamentais: planejamento, estrutura e responsabilidade. Craques que não vestem a camisa, mas que valorizam o Manto Sagrado da melhor maneira possível.

O patamar do Clube mudou. A realidade hoje é outra. As cobranças aumentarão, de todos os lados. A obrigação, porém, segue a mesma: o clube mais popular do país, como diz o Apolinho, é um gigante que se alimenta de títulos. A formação do atual elenco como fruto desse processo de profissionalização da gestão só aumenta a fome desse monstro.

Apesar do cheirinho que paira no ar, o título deste ano ainda é um sonho. A diferença é que, ao contrário de outros tempos, não se trata apenas de um sonho de uma noite de verão – ou de uma temporada. É um sonho real, com perspectiva de ser duradouro.

Que seja o início de uma nova e longa era de grandeza para o Flamengo, com grandes títulos.

Comecemos pelo hepta.

SRN