segunda-feira, 13 de maio de 2013

O novo do Daft Punk impressiona



Impressionante o novo disco do Daft Punk, Random Access Memories, disponibilizado na íntegra para audição via streaming nesta segunda-feira pelo iTunes e outros sites de compartilhamento. Coisa fina, rara, em se tratando de música eletrônica: nada das pré-definições sintéticas e dos bate-estacas acelerados que costumam povoar esse universo, quase sempre sem alma e personalidade. Trata-se dequele tipo de eletropop setentista com o tripé baixo / guitarra / bateria ditando os rumos, ainda que com a aura robótica que acompanha o duo francês desde sempre.

Diferentemente dos outros três álbuns, há agora uma intenção clara por parte do Daft Punk de se desvencilhar do vazio musical que domina da cena summer-eletrohits e partir para um som orgânico, tocado e não apenas programado. As participações de Nile Rodgers, Julian Casablancas e Pharrell Williams, entre outros, não deixam dúvidas disso. O clima vai na onda do vintage moderno, elegante todo o tempo, mesmo quando a pressão é maior – caso de “Get Lucky”, primeira música de trabalho. "The Game of Love", segundo míssil do álbum, talvez seja o melhor exemplo.

A partir deste dia 13 de maio, e até quando surgir (se surgir) algo fora da curva nos estertores de 2013, me arrisco a dizer que os franceses lançaram nas 13 faixas de Random Access Memories o melhor disco do ano em matéria pop music. Que os(as) militantes da área corram atrás.

Daft Punk - Random Access Memories