quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Uma Medellín de amor e lágrimas para o mundo ver



O que aconteceu nesta quarta-feira dentro e fora do lotado estádio Atanásio Girardot, em Medellín, foi algo para fazer recobrar a fé na humanidade até no mais cético e duro ser humano. Demonstração de respeito e amor em níveis caudalosos, extremos.

Jamais vi ou tive conhecimento de algo próximo: uma celebração gratuita de solidariedade em dimensões colossais montada em poucas horas. Nada ali foi trivial. Pensar em algo assim em meio ao caos da tragédia impressiona.

O povo colombiano, devastado por anos a fio no centro da guerra sangrenta do narcotráfico, ensinou ao mundo como agir diante da mais aguda tristeza.

O Clube Atlético Nacional se apresentou como um gigante do futebol mundial num âmbito bem além do esportivo. Uma nobreza de caráter admirável.

A Chapecoense não poderia ter pela frente um outro parceiro – rival nunca! – mais poderoso para essa final, que infelizmente jamais será disputada.

Que lição de vida, de dignidade e de irmandade.

Emocionante.