O efeito disso é que, mesmo durante os shows mais aguardados, era notório antes da metade das apresentações um clima de "tô nem aí" para o que estava rolando no palco. Era gente sentada na grama papeando sobre as fases da lua, garotada catando brinde de stand em stand, pessoal mais velho fotografando as casinhas de brinquedo da Rock Street, filas de fast foods lotadas... Para quem está ligado exclusivamente no som, esse tipo de reação não deixa de causar certo incômodo. Em shows normais, mesmo nos mais populares, dificilmente se vê esse tipo de falta de comprometimento. Mas aqui é festival – aliás, aqui é Rock in Rio, bebê.
Sobre os shows que me agradaram, destaco: Bruce Springsteen botando os sete dias de festival no bolso e indo para a galera; Justin Timberlake refinando em elegante verniz soul o seu bom pop de pista, amparado luxuosamente pela melhor banda que pisou no Palco Mundo (The Tennessee Kids); a ótima infusão da poesia agreste de Zé Ramalho com a distorção do Selputura, gerando um monstro imediatamente batizado de Zépultura; a teen party do Offspring, que fez muito marmanjo voltar a ter 19 anos; a introspecção do Alice in Chains; a classe de George Benson e Ivan Lins; a força do Living Colour; a brasilidade de Moraes, Pepeu e Roberta Sá.
Top 10 dos melhores shows (pela ordem cronológica do line-up):
• Living Colour + Angélique Kidjo
• The Offspring
• Muse
• George Benson + Ivan Lins
• Alicia Keys
• Justin Timberlake
• Alice in Chains
• Bruce Springsteen
• Sepultura + Zé Ramalho
• Iron Maiden
• Top 10 dos piores shows (pela ordem cronológica do line-up):
• Cazuza - O Poeta Está Vivo
• Capital Inicial
• Thirty Seconds To Mars
• Saints of Valory
• Sebastian Bach
• Ghost B.C.
• Mallu Magalhães + Banda Ouro Negro
• Nickelback
• Phillip Phillips
• Lenine
• Capital Inicial
• Thirty Seconds To Mars
• Saints of Valory
• Sebastian Bach
• Ghost B.C.
• Mallu Magalhães + Banda Ouro Negro
• Nickelback
• Phillip Phillips
• Lenine
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