"Casa, comida, roupa lavada, três milhão por mês fora o bafo no cangote. Vai ou fiquis?".
Sambista, tocador de reco-reco, agitador de pagode e um dos mais engraçados personagens da comédia brasileira, Mussum, o eterno Mumu da Mangueiris, é uma daquelas figuras que transcendem ao tempo. Meu sobrinho de seis anos, ao ver pela primeira vez suas pirulitadas no DVD dos Trapalhões que comprei recentemente, falava dele no dia seguinte como se fosse uma criança no início dos anos 80, quando estar diante da televisão aos domingos a partir das sete da noite era programa obrigatório pra todo mundo.
O humor do Mussum é de uma linhagem nobre, assinada embaixo por outros gênios como Oscarito e Grande Otelo. Caricato nos trejeitos e no gingado, representa aquele canastrão desastrado que procura um jeito de sair das enrascadas em que ele mesmo se coloca. A graça que deriva dessas situações não morre nunca. Qualquer um que viveu aquela época e que assiste hoje os esquetes dos bons tempos dos Trapalhões fica com uma sensação imediata de "eu era feliz e sabia!".
Ao lado do cearense talhado que sempre procura se dar bem, do mineirinho come-quieto infantil e do paulista que se ferra quando tenta armar pra cima dos outros, o carioca do morro metido a malandro, mas cheio de suingue, fez uma geração inteira de seguidores durante quase 20 anos de horário nobre, o que ajudava também a alavancar as grandes bilheterias do cinema nacional pré-crise. O tema de abertura da orquestra de Zé Menezes, combinada com a vinheta animada, era a senha para algo que as crianças regadas ao Nicks e Cartoons de hoje jamais verão nas TVs a cabo. Talvez aí resida a explicação para a audiência histórica, constante e elevada das infindáveis reprises da dupla Chaves e Chapolin no SBT.
No dia dedicado ao grande Mussum, um dos patronos deste humilde repositório virtual de idéias rasas, proponho um brinde à boa nostalgia, que nos dá orgulho de ter vivido coisas que o tempo jamais apagará da lembrança.
Sambista, tocador de reco-reco, agitador de pagode e um dos mais engraçados personagens da comédia brasileira, Mussum, o eterno Mumu da Mangueiris, é uma daquelas figuras que transcendem ao tempo. Meu sobrinho de seis anos, ao ver pela primeira vez suas pirulitadas no DVD dos Trapalhões que comprei recentemente, falava dele no dia seguinte como se fosse uma criança no início dos anos 80, quando estar diante da televisão aos domingos a partir das sete da noite era programa obrigatório pra todo mundo.
O humor do Mussum é de uma linhagem nobre, assinada embaixo por outros gênios como Oscarito e Grande Otelo. Caricato nos trejeitos e no gingado, representa aquele canastrão desastrado que procura um jeito de sair das enrascadas em que ele mesmo se coloca. A graça que deriva dessas situações não morre nunca. Qualquer um que viveu aquela época e que assiste hoje os esquetes dos bons tempos dos Trapalhões fica com uma sensação imediata de "eu era feliz e sabia!".
Ao lado do cearense talhado que sempre procura se dar bem, do mineirinho come-quieto infantil e do paulista que se ferra quando tenta armar pra cima dos outros, o carioca do morro metido a malandro, mas cheio de suingue, fez uma geração inteira de seguidores durante quase 20 anos de horário nobre, o que ajudava também a alavancar as grandes bilheterias do cinema nacional pré-crise. O tema de abertura da orquestra de Zé Menezes, combinada com a vinheta animada, era a senha para algo que as crianças regadas ao Nicks e Cartoons de hoje jamais verão nas TVs a cabo. Talvez aí resida a explicação para a audiência histórica, constante e elevada das infindáveis reprises da dupla Chaves e Chapolin no SBT.
No dia dedicado ao grande Mussum, um dos patronos deste humilde repositório virtual de idéias rasas, proponho um brinde à boa nostalgia, que nos dá orgulho de ter vivido coisas que o tempo jamais apagará da lembrança.
Bota esse mé no copo e vamo bebê, cacildis!
3 comentários:
Ô, o tema da orquestra de Zé Menezes sempre será um clássico! Da mesma forma que era a senha para uma hora de alegria em frente à TV, nos fazia lembrar que logo logo teríamos que dormir porque a segunda já se aproximava e, com ela, mais uma semana de aulas.
Abraço.
Ótimo texto, amigo Oldon. Grande homenagem. Realmente, era uma forma mágica de terminar o domingo. Era o êxtase, seguido da melancolia de lembrar que no dia seguinte era segunda-feira. E olha que na época nem trabalhávamos... Só tínhamos que ir para a escola. Mas triste mesmo seria ter que ver um desses péssimos 'reality shows' (que de reality não têm nada) que passam hoje nas noites de domingo. Que bom que há livros, internet, DVD (dos Trapalhões, ótimos!), TV a cabo...
Fala, Oldão!
Assino embaixo do que o Felipe Frisch disse. Excelente texto!
Sugiro tomarmos uma no Osbar para não deixar passar em branco os 15 anos de morte do Mumu...
abraços
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