sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Há algo de podre no reino da paulistada

Há algo de podre ganhando corpo na imprensa não-carioca, e que tende a se materializar a partir de domingo, por volta das 19 horas.

Se o script não sofrer alterações sobrenaturais e o Flamengo conquistar o campeonato, uma avalanche de "indignações" dos ditos especialistas, principalmente entre os de fora do Rio, pode se alastrar em rádios, jornais, televisões e na internet.

Pelo pouco que li e depreendi nesta semana em vários sites e blogs, os caras estão moldando um discurso pseudo-ético que tem como objetivo desmoralizar o provável sexto título nacional rubro-negro.

A ideia, se bem entendi, é deixar claro que teremos em 2009 no Brasil um campeão de fato e um campeão moral, cuja carapuça pode caber em cabeças coloradas, palmeirenses ou são-paulinas.

Algo muito próximo daquele discurso da Copa de 1978 criado por Claudio Coutinho, para designar que o campeão da ética e da moral acabou não levantando a taça no último jogo.

No caso deste Brasileirão, os "campeões morais" estariam a quilômetros de distância do Maracanã, bem longe da festa que promete tomar conta do estádio, da cidade e de boa parte do país.

O absurdo tem como estratégia reduzir o possível titulo do Flamengo de domingo a uma espécie de subconquista, forjada muito mais na boa vontade dos outros do que nos méritos nossos.

Um movimento nefasto que promete ressuscitar discursos nazi-paulistas muito usados nos dois últimos títulos brasileiros do Rio (2000 e 1997), quando a queda do alambrado de São Januário e o efeito suspensivo pró-Edmundo foram muito mais importantes, para eles, do que o brilho das campanhas do Vasco da Gama.

Enfim, bastou uma nova conquista carioca se avizinhar que o "entreguismo" vai ser o grande protagonista desse campeonato. Foda-se a melhor campanha, o maior número de vitórias, a artilharia, a arrancada...

O Flamengo não poderá ser campeão na bola. O Rio não pode ganhar como todos os outros ganham. Tem que ser roubado, ponto.

Já estou me preparando para a quantidade infindável de abobrinhas que virá por aí. Ai meus ouvidos!

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