Luís Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, por 516 vezes vestiu o Manto Sagrado. Destacou-se como um volante técnico e refinado, a ponto de ganhar o apelido de Violino. Como se fosse pouco, como se precisasse mais, tornou-se anos depois "somente" o maior técnico de futebol da história do Flamengo.
Em 313 jogos dirigindo o futebol rubro-negro, Carlinhos ganhou uma Copa Mercosul (1999), dois Campeonatos Brasileiros (1987/1992) e três Campeonatos Estaduais (1991/1999/2000). Um multicampeão, ainda que estivesse sempre sob o crédito de "solução caseira" – o que era uma verdade inconteste.
Ele era de casa, era da Gávea, fosse como
funcionário ou torcedor. Vivia o Flamengo no seu dia a dia, como um hábito, no amor
e com prazer, sem maiores pretensões de fundo. Assim, com esse verniz da
humildade sincera, se fez uma verdadeira lenda na longa história de conquistas do clube. Um mito.
Monstro de voz mansa, muita classe e aparência sempre
tranquila, o Violino partiu nesta segunda-feira, aos 77 anos. Sem nenhum exagero: poucas pessoas no mundo foram mais rubro-negras do que ele. Fica o nosso muito obrigado,
mestre. O Flamengo e os flamenguistas seremos eternamente gratos a você.
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