sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Nylon

Essa eu presenciei hoje à tarde em plena Rua do Ouvidor, aqui no Centro do Rio. Acredite, aconteceu mesmo:

Figura A – Pô, o Michael (Jackson) era foda, né. Pena que sumiu...
Figura B – É mermo. Tinha outro cara dos anos 80 que também era muito foda. Putz, esqueci no nome dele...
Figura A – Qual? Prince?
Figura B – Não, era um que cantava aquela música, "Nylon".
Figura A – Como é que é, "Nylon"????? Não conheço, não.
Eu (pensando) – “Naylon”? Que porra de música é essa???
Figura B – É assim, ó: "Ou Nailon / Ou nait, Ou nait / Ou Nailon / Ou nait, ou naiiit..."
Figura A – Aaaaahhhhh, sei qual é. Maior somzão mermo...
Eu (chorando) – BRBRBRBRBRAAAAAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!

Pra quem não acompanhou a explicação refinada do infeliz, ele quis se referir à música "All Night Long", do Lionel Richie (se alguém ainda está perdido, clique aqui e veja o clipe).

Depois dessa, ainda sob fortes dores no abdômen de tanto rir, tive que me deleitar com um Ovomaltine do Bob's.

Afinal, hoje é sexta-feira.

E "Ou Nailon" pra você também!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

E no velho e violento esporte bretão...

Globoesporte.com – Além do futebol, Rebeca Gusmão cogita se arriscar também na luta livre

Como já cunhou o ótimo Eduardo Bueno, o Peninha, ao começar a narrar a história do Grêmio: "Futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de veado".

Taí a Rebequinha pra confirmar a tese. E estamos conversados!

domingo, 26 de outubro de 2008

Paz (e juízo) para Paes. E Senado para Gabeira!


Não, não votei em Fernando Gabeira para prefeito em 2008 – embora esse mesmo Gabeira tenha tido o meu voto para deputado federal ao longo da minha vida de eleitor (1994, 1998, 2002 e 2006). Incoerência, contradição? Não vejo dessa forma. Encaro uma eleição majoritária de maneira muito distinta de um pleito proporcional. Acho que existem, sim, políticos mais talhados e hábeis para o trâmite de congressos e câmaras do que para missões administrativas.

Também não acho que isso tenha necessariamente a ver com "experiência", se o sujeito já ocupou ou não algum cargo executivo. Acho que tem a ver com perfil mesmo. Gabeira é um desses que me parece ter maior desenvoltura para o Legislativo. Eduardo Suplicy, por exemplo, é outro. Ambos são idôneos, gabaritados e hoje em dia quase inatacáveis por suas trajetórias e suas posturas, mas não os vejo como líderes administrativos na vida pública. Em se tratando de Rio e São Paulo então...

Por outro lado, sempre vi em Eduardo Paes alguém mais capaz de descascar o abacaxi tamanho Maracanã que é pilotar o Rio de Janeiro pós-César Maia. A cidade chegou a tal ponto de abandono, e seu atual gestor a tal nível de negligência, que a única coisa não apropriada neste momento – na minha modesta e humilde opinião – era apostar num enigma. Gabeira como prefeito, para mim, era uma figura enigmática.

E Paes? Tendo passado pela Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e, posteriormente, de Esporte e Turismo, acho que ele tem bagagem como gestor e pode, de fato, atuar como um líder na reconstrução da cidade. Reconstrução, diga-se de passagem, serve para designar tudo: de conservação do patrimônio e da ordem pública, como tapar os milhares de buracos nas ruas, à aplicação de alguma política (uma só, que seja) de ocupação habitacional. Sim, falo das favelas.

A verdade é que estamos num clima de "pior que isso não dá". O Rio de Janeiro não pode mais se permitir perder tanto como vem perdendo, sob pena de não conseguir se sustentar como cidade. A chegada de Eduardo Paes pode mudar o rumo dessa prosa, e acredito que vá realmente mudar, pra melhor.

E, desde já, torço muito para que vingue a campanha "Gabeira senador 2010". Meu voto, nesse caso, ele certamente terá.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Fênix do Abaeté voltou. Dá-lhe negão!

Ó paí, ó! Fui eu duvidar da capacidade do Anjo Negro da Gávea (ver o post do dia 20 de outubro) e, logo no jogo seguinte, qual uma Fênix do Abaeté, envolto no abadá sagrado benzido pelos Orixás da bola, ele voltou em grande estilo ao tapete verde do Maraca.

Se ligue aí, meu rei! Obina, de fato, tem uma relação íntima com o tal do efeito-sanfona, não só pela sua luta de Hércules contra a balança, mas também quando precisa chegar junto da redonda e chamá-la de meu bem. Às vezes é um parto, e um simples domínio ou passe se transforma numa missão. Outras vezes, como na partida contra o Coritiba, o bicho se transforma e encarna um guerreiro dos bons, daqueles que lutam o tempo inteiro nos dois tempos, lançam, avançam, driblam e marcam - gols, que fique claro.

Espie só, negão: prometo que se você continuar assim pelos próximos sete jogos eu te pago um acarajé com pimenta no Largo do Rio Vermelho, em pleno sábado de carnaval.

Axé, babá!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A "Taça das Bolinhas" e a verdade da Copa União de 1987

Voltou à tona recentemente o imbróglio da famigerada Taça das Bolinhas, que supostamente tem o poder de decidir quem de fato foi o primeiro time a ganhar cinco títulos brasileiros, se Flamengo ou São Paulo. Embora ache que o objeto em disputa não valha nem um décimo do esforço que os dois clubes fazem pela sua posse, a discussão é válida e sempre pertinente. Passados 21 anos, muitas falsas verdades foram construídas com o objetivo de mascarar a verdade real dos fatos.

Antes de tudo, esclareço que sou flamenguista e tenho uma série de argumentos – incontestes ou não – para achar que o simples fato de se discutir a legitimidade do título conquistado por Zico & Cia em 1987 já é, por si só, um absurdo por completo. Aliás, sempre que exponho esses argumentos, percebo que o interlocutor que me contesta não consegue sustentar uma réplica para a sua posição.

Exponho abaixo alguns dos pontos de vista sobre aquela longínqua e conturbada Copa União e o seu verdadeiro campeão:

• Alguém, sinceramente, acredita na tese estapafúrdia, risível, insustentável, de que o Flamengo deixou de jogar um quadrangular com vice-campeão da Série A (Módulo Verde) e os dois finalistas da Série B (Módulo Amarelo) por algum tipo de temor ou coisa que o valha, tendo um time formado por (prepare-se): Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho?

• Alguém acha mesmo que quaisquer dos outros 14 times que disputaram a Copa União, se chegassem àquela final, jogariam depois um torneio quadrangular contra equipes que nem sequer foram incluídas naquela competição?

• Alguém conhece, na história do futebol mundial, algum exemplo de um time que, após ganhar uma competição nacional jogando contra todos os grandes do seu país (tendo passado por jogos semifinais e finais e recebido das mãos da entidade organizadora uma taça no último jogo [alguém falou em bolinhas?]), tenha sido obrigado a medir forças contra equipes de outra divisão, notoriamente inferior, para saber quem de fato é o campeão do país?

• Alguém crê, de fato, que a torcida do Flamengo e a maioria esmagadora da imprensa deste país (séria ou não) viajam na maionese ou exercem seus lados bairristas quando apontam o rubro-negro da Gávea com cinco títulos brasileiros, juntamente com o São Paulo?

• Por tudo isso, alguém REALMENTE acha que o Flamengo nada conquistou naquele 13 de dezembro de 1987?

O que quero é tão somente provocar um raciocínio lógico e sensato da história, que se faz necessário quando a coisa entra num joguinho primário de "é oficial x não é oficial". O título do Flamengo não consta no site da CBF? Problema da CBF, ela que trate de justificar o porquê da lacuna! Eu estava no Maracanã naquele domingo chuvoso e presenciei, feliz da vida, tudo aquilo que todo mundo sabe que aconteceu (em caso de dúvidas, acessar o You Tube e buscar por "Flamengo 1987").

Apenas a título de comparação: na minha opinião, palmeirenses e tricolores que reivindicam o reconhecimento da Copa Rio como títulos mundiais de 1951 e 1952, respectivamente, têm todo o direito (e razão) de fazê-lo, da mesma forma que os campeões do antigo torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, podem se gabar de terem sido os verdadeiros campeões nacionais à época.

No caso da Copa União de 1987, não coloco em discussão o fato de a CBF reconhecer o Sport como campeão daquele ano, mas sim o absurdo de se passar por cima da história e desconsiderar que alguma coisa (chamem do que quiserem: Campeonato Brasileiro, Copa União, Módulo Verde...) o time da Gávea conquistou, legitimamente.

Isso, repito, é um absurdo histórico.

Mas acho que mais cedo ou mais tarde essa aberração será revista – afinal, o Botafogo levou 90 anos (!) para ver reconhecido pela Federação de Futebol do Estado do RJ a sua legítima conquista de 1907. Quem sabe em 2077 a CBF não faz o mesmo com o quarto título brasileiro do Flamengo?

Quem viver verá!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

É ruim, mas é bom

Sexta-feira, 17 de outubro:
Caio Jr: "Obina tem suas deficiências técnicas"

Segunda-feira, 20 de outubro:
Obina vira exemplo para Caio Junior

Qual o próximo passo? Algo do tipo:

Sexta-feira, 24 de outubro:
Caio Jr.: "No meu time é Obina e mais dez!"

Medo, muito medo.

PS: Verdade seja dita: mesmo não jogando nada, o time tá ganhando. Já é um belo avanço, na medida em que três anos atrás jogávamos até bem mas perdiamos quase sempre. Seria ótimo se continuasse assim, mas é difícil imaginar uma vitória contra Palmeira e/ou Cruzeiro jogando esse mínimo necessário. Veremos.