terça-feira, 23 de julho de 2013

Chora, sanfona...

Uma das músicas mais tristes que eu já ouvi em toda a minha vida. E das mais lindas, certamente.

Obrigado, Dominguinhos.

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"Lamento Sertanejo"
Composição: Gilberto Gil / Dominguinhos

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado.

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Meu filho Theo



Você ainda não tem uma semana no mundo, mas já foi capaz de fazer o mundo mudar por completo para mim.

Não sei bem como tentar traduzir em poucas linhas a profundidade do amor que me une a você.

A rigor, eu nem tenho essa pretensão inalcançável.

Gostaria apenas de lhe agradecer pela aula de vida que você vem me dando.

Nesses últimos meses, ficava pensando sobre a responsabilidade de ensiná-lo sobre as poucas coisas que julgo saber.

Bastou alguns momentos, contudo, para que tudo estivesse no seu devido lugar.

E aqui estou eu, na posição de aluno (babão, é verdade), vivendo e aprendendo com meu pequeno professor.

Aprendi que a aparência frágil, inocente e angelical que você carrega não é capaz de revelar a imensidão da sua força interior.

Sim, apesar de ainda miudinho e tão novo, você já nos mostrou o quanto é forte e determinado.

Essa tua garra me serve muito de lição, pode acreditar.

"De um lado, a necessidade de proteção total; do outro, um espírito de leão disposto a conquistar inúmeras vitórias".

Esse é o Theo, desde já um orgulho imensurável para o pai.

Estou disposto a continuar aprendendo diariamente com você, filho.

E me surpreendendo cada vez mais.

Obrigado.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O campeão voltou!


Foi um chocolate. Daqueles clássicos, que a gente dificilmente vê ao vivo ou mesmo pela TV.

Os campeões do mundo e bicampeões europeus não viram o rastro da bola durante os 90 minutos que decidiram a Copa das Confederações 2013. Só deu Brasil, do início ao fim do jogo. 3 a 0 foi pouco diante de uma Espanha atônita, sem saber muito bem como os três anos de invencibilidade absoluta estavam se esvaindo tão de maneira tão acachapante.

Para uma Seleção Brasileira que entrou desacreditada na competição, sem a confiança da maior parte da torcida e principalmente da imprensa esportiva, esta Copa das Confederações terminou por mostrar ao mundo que o anfitrião do próximo Mundial será uma parada dura de ser batida sob os seus domínios.

Se o Brasil venceu no conjunto, muitas das peças lograram êxito pessoal. Das revelações Luiz Gustavo e Paulinho (este gigante) ao artilheiro absoluto Fred, passando pelas afirmações de Júlio César, Marcelo e David Luiz em suas respectivas posições, muitos ganharam. E o maior dos vencedores foi o camisa 10. Neymar sai do torneio ainda mais ídolo, decisivo e líder da Seleção, o que, por óbvio, multiplicará as expectativas que residirão sobre ele no ano que vem.

Há muito ainda a evoluir, não restam dúvidas. Por outro lado, a Seleção Brasileira de Futebol conseguiu dar ao seu torcedor a certeza de que tem hoje uma cara. A percepção sobre o time de Felipão mudou, e mudou para melhor. Como consequência, voltará naturalmente o respeito por parte dos principais adversários. Os campeões do mundo sentiram o peso ontem no Maracanã, diante de 80 mil intensos e empolgantes torcedores.

Então... Que venha 2014!