quarta-feira, 18 de junho de 2014

Copa do Mundo 2014: dia 7

Saldo resumido do sétimo dia da EXCEPCIONAL Copa do Mundo até aqui: três jogos, 11 gols, os dois primeiros classificados para as oitavas-de-final (Holanda e Chile, um deles adversário da Seleção Brasileira na próxima fase) e os três primeiros eliminados da competição (Austrália, Camarões e - pesmem - os campeões do mundo, Espanha).

Acho que amanhã, dia 8, teremos mais um classificado (Colômbia ou Costa do Marfim) e outras duas seleções dando tchau pro Mundial: Grécia e... Uruguai ou Inglaterra?

Veremos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Copa 2014: 5 dias, 14 jogos e 3 profecias

Após 5 dias de Copa e 14 jogos (quase todos ótimos) disputados, é impossível para este humilde blogueiro evitar profetizadas de leve. Por ora, três assertivas a partir do que já foi apresentado em campo:

- A Suíça é um daqueles times chatos (no bom sentido) da competição, mas a França confirmará a liderança do seu grupo. Com isso, pegará o segundo colocado no grupo da Argentina (ou Bósnia, ou Irã, ou Nigéria). Diante de um cenário tão tranquilo como esse, dá pra cravar: a França já está nas quartas-de-final da Copa do Mundo.

- Ao golear Portugal por 4 x 0, a Alemanha provou hoje que, sim, também vai estar no Maracanã dia 4 de julho para enfrentar os franceses no duelo de quartas. Basta constatar que os germânicos terão pela frente nas oitavas o vice-colocado de um grupo com Bélgica, Rússia, Argélia e Coréia do Sul. Sem dúvida, teremos um França x Alemanha no Maraca.

- A sorte monstro que a Argentina deu no sorteio dos grupos e do chaveamento, que conferiu aos hermanos o grupo mais fácil da Copa, fará diferença não apenas nas oitavas, quando provavelmente pegarão a Suíça, mas também nas quartas-de-final. Salvo a ocorrência de uma Bélgica histórica neste Mundial, Messi e cia. jogarão a segunda semifinal em São Paulo.

De resto, por enquanto, não me arrisco. Será que o Deus Futebol embaralha todas essas "certezas"?

Que siga a Copa das Copas!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Vai ter Copa


Faltam pouco mais de 48 horas para o início da partida inaugural da Copa do Mundo de 2014 entre Brasil x Croácia, no ainda inacabado estádio Itaquerão.

Sim, vai ter Copa.

Vai ter Copa, sim, ao contrário do que alguns grupos radicais apregoaram em rede sociais e manifestações violentas durante meses, desde a eclosão dos protestos populares de junho de 2013.

Vai ter Copa à brasileira, com tudo o que há de bom e de ruim num país gigante em suas riquezas e diversidades naturais e culturais, embora múltiplo em suas contradições sociais fruto de uma longa história de negligência.

Vai ter, sim, a Copa dos prazos vencidos, das obras inconcluídas e do legado em xeque, marcas indeléveis de um Brasil que permanece arcaico e que motivará, por certo, novos cartazes nas ruas, agora talvez com foco em 2016.

Vai ter, por outro lado, a Copa enquanto evento esportivo, como ela sempre foi por onde aportou. Jamais haveria a Copa idílica que salvaria o Brasil de suas próprias mazelas, pagando dívidas históricas que são exclusivamente nossas.

Vai ter a Copa sem o "pão e circo" que querem imputar injustamente ao futebol, traço cultural inequívoco do povo brasileiro. Porque no Brasil há esportes e há o futebol. Nele nos revelamos reis, e por ele o país se mostrou ao mundo. A "amarelinha" é a nossa bandeira branca universal.

Vai ter a Copa da invasão de turistas ávidos por bola e pelo inescapável clichê "Brazil: Samba, Sol, Praia & Caipirinha" – possivelmente bem menos interessados em reparar nos nossos problemas mundanos, mas que para nós potencializam-se enormes.

Vai ter a Copa popular, dos personagens e das imagens de sempre: das ruas pintadas, das festas de comemoração das vitórias, do mar de camisas amarelas transitando apressadas nos dias de jogos. Vai ter o êxtase do título sofrido ou (toc toc toc) a decepção da derrota amarga?

Vai ter, é claro, a Copa do melhor futebol do mundo e dos estádios lotados.

Vai ter a Copa de Neymar e de uma Seleção Brasileira carregando a missão épica de apagar um fantasma que insiste em perdurar, por mais que tenha ficado para trás o trauma do Maracanazzo de Ghiggia e Barbosa. Aliás, será que ficou para trás mesmo?

Vai ter a Copa das demais grandes seleções e de (quase) todos os seus craques. De Messi a Touré, de Rooney a Iniesta, de Balotelli a Müller, de van Persie a Sanchéz, de Suárez a Cristiano Ronaldo, apenas um deles, ou talvez nenhum deles, sairá mítico dos campos brasileiros.

Vai ter Copa, sim. Vai ter um mês de festa no Brasil, e de festa do Brasil para o mundo. Será a Copa com a cara e com o jeito brasileiros, com os nossos defeitos e principalmente com as nossas virtudes. Já dá para dizer, mesmo de última hora, que esta será a Copa do povo brasileiro.

Vai dar certo.