quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Jac, a mais bela das telas de cinema


Na primeira vez em que encarei os indescritíveis olhos verdes de Jacqueline Bisset, lembro que fiquei estático diante da TV. Fosse numa sala de cinema, com todas aquelas dimensões superlativas, não sei como reagiria. A figura clássica, naturalmente imponente, um tanto misteriosa, cujo rosto poucos adjetivos podem resumir, me fez pensar algo do tipo "nunca vi mulher mais bonita em toda minha vida!". Isso já faz quase duas décadas, e ainda estou à procura de outro parâmetro de beleza, seja no cinema, seja por aí.

Não há nada ali que seja falso, artificial, imposto ou botocado. O que me instigava nela era a capacidade de sair de um mergulho no mar mais bonita do que entrou, como se fosse numa banheira com sais e essências. A estrela de cinema que ela interpreta muito bem em A Noite Americana, de François Truffaut, é um caso à parte. A figura daquela mulher no quarto ainda de camisola (ou seria um blusão?), pouco depois de acordar, é o estado da arte da beleza feminina. E como Jacqueline Bisset era feminina...

Vi mais alguns filmes dela – todos inferiores a A Noite Americana – incluindo Uma Questão de Classe, em que ela tem um caso com o melhor amigo do filho, interpretado por Rob Lowe, galã maior daquele início de anos 80. Mas a imagem naturalmente sensual e provocativa no filmaço do Truffaut (vale garimpar nas locadoras), irretocável até para o mais exigente dos pintores renascentistas, será sempre a primeira de Jacqueline Bisset que virá a minha mente.

Abaixo, a própria, no auge do esplendor:




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